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III Simpósio Internacional LAVITS

10/07/2015

Por Amarela, Giulliana Bianconi e Joana Varon | #Boletim11

A Rede Latino-americana de Estudos em vigilância, tecnologia e sociedade – LAVITS foi fundada em 2009 com o objetivo ser um meio para o intercâmbio entre pesquisadores e pesquisadoras, ativistas e artistas da América Latina com interesse nas relações entre vigilância, tecnologia e sociedade. Em maio de 2015, a rede realizou seu III Simpósio Internacional, no Rio de Janeiro.

O III Simpósio Internacional LAVITS: Vigilância, Tecnolopolíticas, Territórios foi, por três dias, um espaço de debates intensos e ampliação da rede que trata de privacidade e vigilância na América Latina. Na programação, o tema do encontro foi trabalhado a partir de diferentes perspectivas, abordando políticas públicas, ativismo e arte, e também em diferentes formatos, com conferências, debates, intervenções e oficinas. A diversidade da programação se refletiu diretamente no público do evento, que foi composto não apenas de pesquisadores e pesquisadoras, mas também de ativistas e artistas. A mistura rendeu um encontro potente, permeado de ótimas falas e debates. Parte deles pode ser visitada em vídeos disponíveis no YouTube.

No Twitter, a hashtag #lavits2015 permite uma pesquisa por informações, impressões e materiais compartilhados à época do simpósio.

Durante o Simpósio, entre mesas redondas, seminários temáticos e oficinas foram abordados os seguintes subtemas:

  • Big Data, vigilância e tecnopolítica
  • Vigilância, protestos políticos e manifestações urbanas
  • Megaeventos e vigilância
  • Web, Deep Web e Internet das Coisas: rastreamento e vigilância
  • Ativismo e contra-vigilância: criptografia, hacktivismo, tecnopolíticas
  • Práticas artísticas e estéticas da vigilância
  • Trabalho e Vigilância
  • Corpo, afeto e vigilância
  • Identificação, biometria e vigilância
  • Cidades inteligentes e vigilância algorítmica
  • Vigilância móvel e wearable: drones, GPS, smartphones, câmeras integradas etc.
  • Privacidade, dados pessoais e controle da informação
  • Vigilância e práticas de consumo
  • Tecnologias de auto-monitoramento e controle
  • Histórias, memórias e arquivos da vigilância
  • Regulação da vigilância e proteção de dados na América Latina
  • Snowden, NSA e vigilância de massa: impactos na América Latina
  • Vigilância e ditadura militar na América Latina
  • Mercado da vigilância na América Latina: conexões público-privado
  • Vigilância e Tecnopolítica na América Latina: conceitos, metodologias e estudos de caso
  • Controle social, território e vigilância na América Latina

Todos os temas abordados pelos 12 seminários temáticos também foram foco de artigos, submetidos pelas participantes, formando um rico arquivo para ser explorado por pesquisadores e ativistas sobre o tema.

A equipe do Oficina Antivigilância também participou realizando uma oficina de segurança digital, com foco em atividades práticas que pudessem ampliar o entendimento e as possibilidades dos participantes sobre ferramentas de vigilância e de antivigilância. Foram apresentadas e discutidas, ao longo de uma tarde, ferramentas livres, gratuitas e seus usos em contextos de pesquisa, arte e ativismo, trabalho e política.

Lavits2015

Além de nossa oficina, a equipe do GPOPAI-USP fez uma oficina sobre alternativas seguras para aplicativos Android, baseada no SecureGen, e a consulta pública para o projeto de lei de proteção de dados pessoais também foi alvo de treinamento dos participantes. Para saber mais sobre do que se trata esta consulta, visite nosso guia.

O evento terminou com uma vídeo intervenção do grupo Antena Mutante, mostrando as novas fronteiras de controle no território palestino, em Medellin (Colômbia) e Rio de Janeiro (Brasil).

A programação completa do seminário está disponível aqui.

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