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Oficina Antivigilância no Fórum Mundial de Software Livre
09/07/2015
Desde o último dia 8, está acontecendo em Porto Alegre a 16ª edição do Fórum Internacional de Software Livre – FISL. O evento já é tradicionalíssimo para a comunidade de SL e reúne hackers, ativistas, empresas do ramo e o público em geral em quatro dias de palestras, oficinas, paineis e outras atividades.
A Oficina Antivigilância vai promover, nos dias 10 e 11, duas oficinas de autodefesa contra vigilância.
Como há um público já envolvido com os temas — a garantia da privacidade e da liberdade de expressão através do uso da criptografia, a limitação de práticas de retenção de dados e de monitoramento por parte de governos e empresas — mas também ainda mais pessoas interessadas em entender o significado das revelações de Edward Snowden e como as tecnologias de big data mudam radicalmente os paradigmas de vigilância e visibilidade, oferecemos dois níveis de oficina:
“Nada a Esconder?” (iniciantes): o público-alvo são pessoas interessadas em entender o cenário de vigilância massiva global: o que são os “documentos de Edward Snowden”, o “modelo de negócios de vigilância” de corporações da internet como Google e Facebook mas também das menos visíveis data brokers como Experian e Acxiom; como elas, suas famílias e colegas são afetadas por isso, e o que podem fazer para se engajar ajudar a impedir a distopia como cidadãs, artistas, engenheiras, professoras, ativistas…
Criptodefesa e Ativismo (avançado): voltada para pessoas que entendem a vigilância em massa e querem mudar seus hábitos e softwares para proteger suas comunicações, fotos e documentos; se engajar politicamente para defender a liberdade de expressão de ameaças de vigilância; sensibilizar mais pessoas através de criação, tradução, documentação e campanhas. Algumas ferramentas e tecnologias trabalhadas serão o Navegador Tor, GnuPG / PGP, Jabber+OTR e TextSecure.
O movimento de software livre é uma das frentes mais ativas e o caminho fundamental na luta contra a vigilância em massa. Sem poder ver e estudar o código-fonte de um programa, não podemos ter certeza de que ele não possui backdoors, e o ciclo de descoberta e conserto de bugs de segurança fica à mercê de corporações. Sem a liberdade de mudar o código e distribuir as versões modificadas, a sociedade não tem efetivo controle sobre a máquina para que sirva aos seus propósitos — como o respeito aos direitos humanos — e cada nação ou comunidade perde a autonomia para decidir seu próprio equilíbrio ou combinação de praticidade, segurança, privacidade e economia.
A equipe da Oficina Antivigilância — e nossa parceira Fernanda Shirakawa, do MariaLab Hackerspace — fica muito feliz de participar desse evento, onde inclusive começou a série de debates e colaborações que deram origem ao Marco Civil da Internet. *Happy hacking*, ativistas da liberdade de software!
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