#Boletim2

A Folha de S.Paulo publicou o artigo com informações obtidas a partir de um documento interno da Abin, como é chamada a agência:

http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/11/1366382-agencia-brasileira-espionou-funcionarios-estrangeiros.shtml

As operações consistiam basicamente em seguir os diplomatas a pé e de carro, fotografá-los e relatar suas atividades.

Essas revelações vão de encontro à indignação do Brasil frente à espionagem praticada pelos Estados Unidos, e muitos – como o senador Alvaro Dias, do PSDB – questionam a legitimidade dessa atitude quando o próprio país tem suas operações de inteligência:

http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/11/brasil-monitorou-diplomatas-de-ira-iraque-e-russia-diz-jornal.html

Segundo outra reportagem da Folha, o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, vê “duas posições completamente diferentes”, comparando uma operação corriqueira de inteligência com “uma violação do sigilo, de regras da Constituição Brasileira”.

“O que eu não posso fazer é violar direito das pessoas, a soberania das pessoas. Essa me parece uma diferença crucial. Se nós não fizermos essa distinção, vai dar a impressão de que estamos usando o mesmo método que nós recriminamos. Isso não é verdade”, ele continua.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/11/1367026-ministro-da-justica-ve-diferenca-entre-espionagem-feita-pelo-brasil-e-pelos-eua.shtml

Alex Wilhelm, do Tech Crunch, também questiona a comparação entre a espionagem promovida pelos dois países. Ele põe de um lado a espionagem à moda antiga feita pelo Brasil – “tão básica que não são incomuns entre ex-namorados após terminarem o relacionamento” – com as várias revelações de vigilância global e sabotagem da internet feitas pela NSA.

O artigo inteiro, em inglês, pode ser visto aqui:
http://techcrunch.com/2013/11/05/dont-compare-the-brazilian-spying-case-to-the-nsas-mass-surveillance-efforts/